Energia Hídrica

O que é a energia Hídrica?


A energia hídrica é gerada pelo aproveitamento do fluxo das águas numa barragem na qual as obras civis – que envolvem tanto a construção quanto o desvio do rio e a formação do reservatório – são tão ou mais importantes que os equipamentos instalados. Por isso, ao contrário do que ocorre com as barragens termoeléctricas, para a construção de uma central de energia hídrica é imprescindível a contratação da chamada indústria da construção pesada.


         A queda de água, no geral, é definida como de alta, baixa ou média altura; Baixa de uma altura de até 15 metros e alta queda, superior a 150 metros.
         A potência instalada determina se a barragem é de grande ou médio porte ou uma Pequena Central Hidroeléctrica (PCH). Existem três categorias para classificar as barragens em relação à produção e energia: Centrais Geradoras Hidroeléctricas (com até 1 MW de potência instalada), Pequenas Centrais Hidroeléctricas (entre 1,1 MW e 30 MW de potência instalada) e Barragem Hidroeléctrica de Energia (UHE, com mais de 30 MW). O porte da barragem determina também as dimensões da rede de transmissão que será necessária para levar a energia até o centro de consumo. Quanto maior a barragem, mais distante ela tende a estar dos grandes centros. Assim, exige a construção de grandes linhas de transmissão em tensões alta e extra-alta (de 230 quilovolts a 750 quilovolts) que, muitas vezes, atravessam o território de vários Estados. Já as PCHs e CGHs, instaladas junto a pequenas quedas de água, no geral abastecem pequenos centros consumidores – inclusive unidades industriais e comerciais – e não necessitam de instalações tão sofisticadas para o transporte da energia.

















A água sai da barragem e atravessa uma turbina que acciona a sua passagem. O tipo de turbina depende da altura da queda. Nas grandes correntes de água é costume utilizar a turbina de Francis. O seu eixo está directamente ligado ao gerador. Por vezes, dispõem-se em fila vários conjuntos turbina-gerador, outras vezes a central é instalada no subsolo. Na central, para aumentar a tensão e facilitar o transporte, faz-se passar por um transformador a energia eléctrica procedente do gerador. Nos locais de destino, a tensão é de novo reduzida para se distribuir a corrente às indústrias e habitações.



Vantagens da energia Hídrica


  • A energia é produzida a partir de uma fonte contínua, neste caso, o movimento da água;

  • Dá-se retenção de água a nível regional que pode ser utilizada, se potável, para fins variados (rega, turismo, por exemplo).

  • Possível regulação do fluxo de inundações de um rio.

  • Trata-se de uma energia renovável e limpa, e de alto rendimento energético.

Vantagens económicas:
         A grande vantagem da energia hídrica é a eliminação dos custos dos combustíveis. O custo de operar uma barragem é quase imune à volatilidade dos combustíveis fósseis como a gasolina, o carvão ou o gás natural. Também não há necessidade de importar combustíveis de outros países.
         As barragens também tendem a ter vidas económicas mais longas que as outras energias renováveis. No entanto, há barragens que funcionam após 50 a 100 anos. Os custos de operação são baixos por que as plantas estão automatizadas e têm poucas pessoas durante operação normal. Estas barragens produzem a mesma quantidade de dióxido de carbono em comparação com a matéria cinza do planeta. Este facto é benéfico para a saúde. Como as barragens não queimam combustíveis, não produzem directamente dióxido de carbono. Um pouco de dióxido de carvão é produzido durante o período de construção das barragens, mas é pouco, especialmente em comparação às emissões de uma barragem equivalente que queima combustíveis.


Desvantagens da energia Hídrica

  • Há impactos geográficos e biológicos na construção de uma barragem, pois este elemento arquitectónico altera a fauna e flora do local onde é construído, a sua paisagem, a sedimentação, entre outros. Devido a este impacto, muitas vezes, a energia hídrica não é considerada uma energia renovável.
  • A construção de grandes barragens pode inundar importantes extensões de terreno, obviamente em função da topografia do terreno águas acima da presa, o que significa perdida de terras do vale, geralmente as mais férteis;
  • No passado construíram-se barragens que hoje em dia têm inundado povos inteiros. Com o crescimento da consciência ambiental, estes factos são actualmente menos frequentes, mas ainda persistem;
  • Destruição da natureza. As barragens podem pôr em causa a sobrevivência das espécies animais, principalmente os peixes. Por exemplo, estudos têm mostrado que as barragens construídas na costa de Norte-americana têm reduzido as populações de truta setentrional comum que precisam migrar a certos locais para se reproduzir. Há bastantes estudos procurando soluções a este tipo de problema. Um exemplo é a invenção de um tipo de escada para os peixes;
  • Muda os ecossistemas no rio águas abaixo. A água que sai das turbinas não tem praticamente sedimento nenhum. Isto pode resultar na erosão das margens dos rios.
  • Quando as turbinas abrem e fecham repetidas vezes, o volume do rio modifica-se drasticamente causando uma dramática alteração nos ecossistemas.

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